domingo, 5 de maio de 2013
Passa
Saudades de sentir demais.
Saudades de sentir de menos.
Esse meio termo,
essa mediocridade,
esse fim de tarde ermo
que não acaba nunca mais.
A precisão do precisar
O esmaecer da raça
O ar
A praça
Nada muda, tudo estático
Tudo prático
Nada sádico
Suspira que passa,
Ou só acenda um cigarro
Pra queimar por você
tudo aquilo que é sem graça.
sábado, 4 de maio de 2013
Ode à Rameira
O Sorriso doce
O sofrer frívolo
Do tal
Sem ódio
Só risos
Sem roupas
Vem meu amor,
Sem mentir, só você
Que esse leito te esquenta
Nem que seja de dor
Às quatro te chamo,
às duas tu vens
Suprimir os meus ódios
Completar meu vazio
Só de risos tão sóbrios
Se te julgam, esqueças
Tua bondade te enlaça
Enquanto a luxúria me vem
Teus olhares sem graça
Já não olham a quem
Foda-se o resto, a pirraça
Dessa tralha que come
Dos encantos nenhum
Só dos cantos, da fome
Julguem também o marido
o playboy da "madá"
Só não se esqueça meu bem
Que já deu meia hora
Quem sabe um cigarro
Pra falar da mulher,
da filha rebelde
ou da revolução.
Até mais, solidão senhor
Que vagueia na areia
Que se deita ao seu por
"Tó a grana, mulata!"
Diz a indiferença
Dá de ombros pra ele
e diz:
"Vem tocar uma gaita pra mim."
O sofrer frívolo
Do tal
Sem ódio
Só risos
Sem roupas
Vem meu amor,
Sem mentir, só você
Que esse leito te esquenta
Nem que seja de dor
Às quatro te chamo,
às duas tu vens
Suprimir os meus ódios
Completar meu vazio
Só de risos tão sóbrios
Se te julgam, esqueças
Tua bondade te enlaça
Enquanto a luxúria me vem
Teus olhares sem graça
Já não olham a quem
Foda-se o resto, a pirraça
Dessa tralha que come
Dos encantos nenhum
Só dos cantos, da fome
Julguem também o marido
o playboy da "madá"
Só não se esqueça meu bem
Que já deu meia hora
Quem sabe um cigarro
Pra falar da mulher,
da filha rebelde
ou da revolução.
Até mais, solidão senhor
Que vagueia na areia
Que se deita ao seu por
"Tó a grana, mulata!"
Diz a indiferença
Dá de ombros pra ele
e diz:
"Vem tocar uma gaita pra mim."
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