sábado, 4 de maio de 2013

Ode à Rameira

O Sorriso doce
O sofrer frívolo

Do tal

Sem ódio
Só risos
Sem roupas

Vem meu amor,
Sem mentir, só você
Que esse leito te esquenta
Nem que seja de dor

Às quatro te chamo,
às duas tu vens
Suprimir os meus ódios
Completar meu vazio
Só de risos tão sóbrios

Se te julgam, esqueças
Tua bondade te enlaça
Enquanto a luxúria me vem
Teus olhares sem graça
Já não olham a quem

Foda-se o resto, a pirraça
Dessa tralha que come
Dos encantos nenhum
Só dos cantos, da fome

Julguem também o marido
o playboy da "madá"
Só não se esqueça meu bem
Que já deu meia hora
Quem sabe um cigarro
Pra falar da mulher,
da filha rebelde
ou da revolução.

Até mais, solidão senhor
Que vagueia na areia
Que se deita ao seu por

"Tó a grana, mulata!"
Diz a indiferença
Dá de ombros pra ele
e diz:
"Vem tocar uma gaita pra mim."

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