Havia um menino.
Sozinho.
Chorando.
Num canto daquela casa, havia um menino.
Num canto daquela casa, não havia ninguém.
O silêncio gritava, sim, gritava; ecoava pelos cômodos, entrava pelos ouvidos e agoniava o coração.
Luzes passavam pela janela; coloridas somente pelo breu que refletia no espelho do menino, refletia a coragem que perdera, refletia um infinito imaginário.
O cheiro da desgraça já não era tão ruim, já que ele tinha se acostumado com tal situação. Não se lembrava mais do doce perfume das rosas rubras, embora a tonalidade daquelas lágrimas fosse de mesmo tom.
A vida já não tinha vida, já que a morte a vencera; os corpos já não eram mais quentes, eram somente corpos; a razão não tinha mais sentido, embora a razão nunca existira.
Gritar.
Em silêncio.
Porém gritar.
Os anjos que viriam lhe buscar, por sua vez não tinham asas, iam buscar os pecadores.
Pecadores?
Sim, pecadores.
Por crer na paz, por crer em outra realidade; eram castigados pelos anjos. Anjos sem asas
Escravos do mundo.
Anjos sem asas.
Anjos da morte.
escrevi esse texto faz uns três/quatro anos, gosto muito dele, porém, quase ninguém consegue capitar o que eu quis dizer.
errata (12/11/11):
talvez Legião te ajude... (:
Soldados - Legião Urbana
Já vi isso em algum lugar, humm, na escola? Maybe. 8D
ResponderExcluirAnd I still liking ?O?
Simplesmente TUDO!!!! Como disse certa vez, sempre faltarão bons adjetivos. Continue trilhando esse caminho, pois não haverá outro Machado de Assis, por ser ele um ser singular,mas existe uma escritora chamada a Midôri Carolina que está pronta para começar um legado!!!!!
ResponderExcluirE se puder um dia qualquer, não se esqueça da sua velha professora.
(Ouvindo Across the universe - Beatles)