Ser assim, singular no meio de tanta pluralidade banal,
Nascer abençoado pela maldição do querer.
Nunca se contentar com pouco, nem tanto, nem tal,
Ter simplesmente a sede do saber.
Ser singular da muito trabalho.
Viver dentre cegos de alma, de espírito e coração,
Morrer por crer em outra realidade, fora deste "Coliseu".
Querer entender desde Tolstói à Platão,
Saber que "já basta" nunca bastará para alguém como eu.
Ser singular da muito trabalho.
Se queres viver um sonho fique a vontade,
mesmo sabendo que
tudo isso, tudo aquilo não passa de pura pluralidade.
Nunca queira nascer assim, pois poderá se arrepender,
Nascer dentre tanta hipocrisia.
Ser singular da trabalho, trabalho de viver.
domingo, 10 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
We'll Sleep In The Rain
Prólogo
Eu sentia os pingos de chuva se misturarem as lágrimas que rolavam em meu rosto. Sentia aquela angustia roçar minha garganta, me atiçando a gritar, não de dor, muito menos de raiva, mas simplesmente de tristeza.
Aquele cheiro de flores me deixava enjoado, nunca gostei muito de perfumes, porém aquele cheiro de flores era o mais insuportável de todos, era o que me fazia lembrar o porque de eu estar naquele lugar. E havia algo que me irritava acima de tudo; a maldita chuva. O céu que passara a manhã inteira com o mesmo tom horrivelmente triste e acinzentado parecia me vigiar, com ‘olhos’ de dó, porém, sem compaixão. Os pingos de chuva insistiam em permanecer firmes e fortes, diferentemente de mim, que beirava a desilusão pela vida.
- Meus pêsames Ryan. – por um instante eu havia me perdido em meus pensamentos e uma voz doce de palavras pesadas me puxou novamente para a realidade.
- Obrigado Alice... – Esbocei qualquer coisa que lembrasse um sorriso de agradecimento para a garota loira ao meu lado, que por sinal era minha prima.
- Ryan! – Ouvi outra voz, dessa vez masculina me chamando de dentro do carro que me esperava a alguns metros dali. – Vamos logo, com essa chuva vamos demorar mais ainda pra chegar em [insira nome da cidade aqui].
- Você tem certeza disso Ry? – Percebi a insegurança na voz dela, um certo temor pela minha ida talvez.
- Mais do que isso Al. – Disse com firmeza. – Já que não pude fazer nada por eles – desviei meus olhos por um segundo aos túmulos em minha frente, os túmulos de meus pais. - vou tentar fazer pelos outros, e principalmente por mim mesmo.
Com um olhar triste porém carinhoso me deu um último abraço e disse. – se cuide pequeno, tudo vai dar certo, eu sei disso...
Lhe agradeci com um sorriso menos forçado dessa vez e fui vagarosamente em direção ao carro, não quis olhar para trás talvez por fraqueza, talvez por determinação; minha única certeza era que a partir daquele momento eu teria que aprender a andar com minhas próprias pernas. Iria ter de achar a calmaria após a tormenta, se isso fosse possível,
- Vamos? – Perguntou o moreno assim que entrei no carro, consenti e seguimos nosso caminho.
Somente depois que a chuva passar saberemos se o sol vai vir a raiar novamente.
observações:
esse prólogo era supostamente pra ser de uma fic que eu e a Deh estavamos fazendo, então devo agradecimentos a mesma. *-*
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Hypocrisy... I love you.
- Abram seus livros na página 217, hoje começaremos um novo movimento literário. - Disse a professora de literatura.
Cristian foi acordado de seus devaneios desimportantes com a voz ácida da professora, porém logo quando abriu o livro na página indicada soltou uma leve risada em tom de deboche.
- Bom, acho que todos vocês já devem ter ouvido falar deste movimento... - Sorriu a professora. - A primeira geração do Romantismo, iniciado no século XVIII baseia-se no lirismo, na idealização da musa, da mulher desejada porém não tocada...
- Bullshit... - Sussurrou o menino virando os olhos castanhos e levando sua atenção a paisagem pela janela.
- ...E como podem reparar na reação do senhor Cristian, não muito interessante as olhos dos garotos de nossa época. - Fazendo assim a sala rir baixinho com o comentário.
- Já as meninas, serão de todos os suspiros nas próximas aulas. - A professora virou-se e mandou uma piscadela para o grupinho que tinham os olhos brilhando e apaixonados pelo que ela dizia.
- Poxa Cris, pare de ser bobo! Ser romântico é algo maravilhoso as olhos de uma garota sabia? - vociferou Lyla.
- Ah, não me venha com essa Ly! - Protestou Cristian. - Nunca vi nada tão brega e idiota como isso de amores platônicos, de sonhar com musas ou sei lá o que seja.
- Quietos! - disse a professora num tom impositivo.
(...)
O garoto voltava para casa sozinho, o sol já tocando o horizonte iluminava as ruas por onde passava e a trillha sonora era concedida pelo iPod no último volume nos ouvidos do menino.
- Cheguei! - Gritou para a mãe já subindo as escadas e indo para seu tão amado quarto.
Cristian largou a mochila em algum canto qualquer, sentou na cama e pegou um porta-retrato que estava sobre a escrivaninha, uma foto dele e Lyla.
- Se você soubesse... - Cristian suspirou profundamente e sorriu para a foto.
Deitou-se na cama e continuou a olhar para a foto. Sua Lyla, sua musa, que não fazia ideia, mas era muito mais do que uma amiga para o garoto aparentemente "casmurro". O aparelho sonoro agora tocava uma música que fazia o menino quase chorar... Ainda bem que ninguém o veria daquele jeito... Nunca.
Cristian foi acordado de seus devaneios desimportantes com a voz ácida da professora, porém logo quando abriu o livro na página indicada soltou uma leve risada em tom de deboche.
- Bom, acho que todos vocês já devem ter ouvido falar deste movimento... - Sorriu a professora. - A primeira geração do Romantismo, iniciado no século XVIII baseia-se no lirismo, na idealização da musa, da mulher desejada porém não tocada...
- Bullshit... - Sussurrou o menino virando os olhos castanhos e levando sua atenção a paisagem pela janela.
- ...E como podem reparar na reação do senhor Cristian, não muito interessante as olhos dos garotos de nossa época. - Fazendo assim a sala rir baixinho com o comentário.
- Já as meninas, serão de todos os suspiros nas próximas aulas. - A professora virou-se e mandou uma piscadela para o grupinho que tinham os olhos brilhando e apaixonados pelo que ela dizia.
- Poxa Cris, pare de ser bobo! Ser romântico é algo maravilhoso as olhos de uma garota sabia? - vociferou Lyla.
- Ah, não me venha com essa Ly! - Protestou Cristian. - Nunca vi nada tão brega e idiota como isso de amores platônicos, de sonhar com musas ou sei lá o que seja.
- Quietos! - disse a professora num tom impositivo.
(...)
O garoto voltava para casa sozinho, o sol já tocando o horizonte iluminava as ruas por onde passava e a trillha sonora era concedida pelo iPod no último volume nos ouvidos do menino.
- Cheguei! - Gritou para a mãe já subindo as escadas e indo para seu tão amado quarto.
Cristian largou a mochila em algum canto qualquer, sentou na cama e pegou um porta-retrato que estava sobre a escrivaninha, uma foto dele e Lyla.
- Se você soubesse... - Cristian suspirou profundamente e sorriu para a foto.
Deitou-se na cama e continuou a olhar para a foto. Sua Lyla, sua musa, que não fazia ideia, mas era muito mais do que uma amiga para o garoto aparentemente "casmurro". O aparelho sonoro agora tocava uma música que fazia o menino quase chorar... Ainda bem que ninguém o veria daquele jeito... Nunca.
She's the queen of all I've seen
And every song and city far and near
Heaven help my mademoiselle,
She rings the bell for all the world to hear...
Hey Lyla!
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